quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

The Red Eyed Machines

Os filmes da série Terminator (Exterminador) apresentam robôs do zói vermei usando a mesma simbologia que o clássico da ficção científica "2001 Odisseia no Espaço" de Stanley Kubrick. Essa simbologia também aparece no filme "Eu Robô" em que o personagem interpretado por Will Smith enfrenta vários robôs que quando ficam agressivos e assassinos mudam a cor do bucho de azul para vermelho.

Robo do mal? Máquina encapetada?

Em breve teremos inteligências artificiais jamais imaginadas, e estas vão nos ajudar na criação de seres ainda mais avançados. Num certo momento essas máquinas vão melhorar a si mesmo, ter projetos que serão filhos mais avançados.

Quais serão as características desses seres cabeçudos?

Essa estrutura pensante seria limitada por barreiras físicas? Se não ela teria acesso à todo o conhecimento humano? Aliás ter acesso a todo o conhecimento seria essencial para alguma inteligência artificial dedicada a questões políticas, culturais e até militares. Se este tipo de ser tem acesso ilimitado a nosso conhecimento provavelmente não ficaria limitado a uma linha de comando: "resolva segundo esses critérios". Impor limites ao pensamento de uma máquina diminuiria também a quantidade de respostas possíveis... e quando as respostas exequíveis ficassem nulas algum operador em desespero diminuiria as barreiras => há a tendência de que em algum momento a máquina pense livremente para resolver algum problema.

A resposta de um problema sem barreiras será a que irá mais fundo no problema... será a mais realista... mais fria. Por isso pensamos que as máquinas serão malvadas: porque sabemos que somos a raíz de todo o mal.

Imagino que algum sistema superior como esse e com livre pensamento perceberá os benefícios de utilizar o conhecimento genético, o dna humano para continuar uma certa evolução, mas dessa vez com critérios lógicos que venham a acelerar e otimizar a evolução dos seres humanos = da vida inteligente orgânica.

Assim, seríamos selecionados como os velhos pastores já faziam com suas ovelhas e bois: seremos triados. Seremos selecionados artificialmente. A população mundial será reduzida aos que valham a sua sobrevivência.

Isso não te lembra o fim dos tempos? O juízo final? A triagem entre os bons e os maus? Mas a máquina dirá que é bom ser o quê? Eu diria que ser bom é ser útil. Para um ser pensante, principalmente, essa utilidade significaria capacidade intelectual.

Mas e todas as outras qualidades humanas? Ora, quais seriam essas? A beleza natural é cada vez menos relevante já que diversas ferramentas de embelezamento passam a existir, e por outro lado a beleza é simplesmente irrelevante no mundo virtual, que passa a ser cada vez mais presente. A força física deixou de ser importante desde a revolução industrial para o setor econômico e desde as armas de fogo, para o setor militar. O que mais pode ser útil num ser humano?

Nossa última qualidade insubstituível por máquinas será nosso intelecto. Talvez haja algum interesse em manter a evolução dos seres orgânicos por parte dos novos senhores do planeta Terra, talvez não, mas se houver esse interesse será a respeito da nossa capacidade mental, principalmente de características mais complexas de simulação como criatividade, invenção de padrões, intuição, estética...

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